Já recomendei em sala o livro NÃO SOMOS RACISTAS, do jornalista Ali Kamel. Um livro simples e de poucas páginas, mas valioso no combate aos argumentos falaciosos dos racialistas.
Sobre o mesmo tema, acaba de ser lançado o livro Uma Gota de Sangue - História do Pensamento Racial (Editora Contexto, 400 págs., R$ 49,90), do sociólogo da USP, Demétrio Magnoli. Na obra, ele analisa a questão do racismo e do racialismo sob o ponto de vista histórico, sociológico e biológico.
Um livro de fôlego e imprescindível para alunos e professores.
Na livraria cultura você pode comprar o livro aqui.
Abaixo, matéria sobre o livro em O Estadão.
Uma gota de discórdia
Crítico do sistema de cotas nas universidades brasileiras esquadrinha a história do racismo
Christian Carvalho Cruz, O Estado de S. Paulo
Libelo contra o que o autor chama de mito das raças - a necessidade de diferenciar seres humanos por sua ancestralidade, por uma única gota de sangue -, o livro mergulha fundo nas origens do racismo e seus desdobramentos nos tempos atuais. "Raças não existem. O que existe é o mito da raça, uma invenção recente, nascida há 150 anos junto com a expansão das potências europeias na África e na Ásia e usada para conquistar poder político e econômico", diz Magnoli.
Uma Gota de Sangue mostra como essa invenção teria sido desinventada no pós-guerra e reinventada pelos movimentos multiculturalistas de 30 anos mais tarde, culminando em um tema caro a Magnoli: a crítica ao sistema de cotas raciais adotadas em universidades públicas brasileiras. Para ele, uma política de Estado que "cria uma clientela eleitoral" e "instala o ódio racial no meio da classe média baixa trabalhadora".
O autor sustenta ainda um polêmico paradoxo: o de que os defensores de leis raciais de hoje resgatam o discurso que ontem ajudou a justificar a segregação entre brancos e negros. "Para os multiculturalistas, a igualdade é uma falsificação, pois não existe no mundo real; no mundo verdadeiro as pessoas não são iguais, dizem. Por isso eles querem abolir a igualdade, preferem a diferença. É um pensamento do século 19", afirma. "Mas raça e igualdade são palavras de mundos distintos. Igualdade é democracia. Raça é diferença. Ou existe igualdade, ou existe raça." A seguir, os principais trechos da entrevista de Magnoli ao Aliás.
3 comentários:
professor, eu queria saber aonde se encontra aquele seu texto que comenta sobre o fascismo ser muito rechassado mas o comunismo, que matou muito mais gente, é idolatrado. obrigado pela atencao.
professor, eu gostaria de saber, para poder ler de novo, aonde se encontra o seu comentarios que é pessoalmente um dos meus favoritos. é aquele que comenta sobre o quanto o nazismo foi rechassado e o comunismo nao, sendo que o comunismo foi um regime muito mais sangrento. obrigado pela atencao.
Pois é, não me lembro exatamente qual o texto que você se refere. O fato é quanto o nazismo - fascismo alemão - quanto o comunismo foram doutrinas assassinas. As duas foram o que de pior a humanidade já produziu. O que me causa estranheza é que o nazismo é corretamente rechaçado por todas as pessoas de bem, enquanto o comunismo, apesar de ter matado muito mais, ainda é visto como um sistema libertador e avançado. Mas m que texto escrevi isso, não me recordo. Agora, estranhei o fato de você me chamar de professor sem se identificar e escolher um post sobre o livro gota de sangue para me perguntar sobre isso.
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