Ter um blog é sempre um risco. Você se expõe de uma forma tão grande que fica sujeito a uma série de mal-entendidos e incompreensões. O risco, porém, aumenta, quando o autor da página não se esconde atrás do politicamente correto ou do bom-mocismo. Tudo piora, se o chamado blogueiro não corresponde à metafísica influente. Aí vocês já viram, né? Sou chamado de arrogante, presunçoso, intolerante, reacionário, esses epítetos carinhosos.
Na minha atividade de blogueiro, isso já tem 3 anos, escrevo muitas vezes de forma dura, ácida e quase sempre irônica; o que, é claro, causa desconforto em muita gente, sobretudo naqueles que acham que a polidez é sempre a melhor alternativa. Confesso que quando escrevo não avalio bem o tom hostil de minhas palavras. Quando termino, é que percebo o quanto fui áspero nos termos e nas comparações.
O post que escrevi em resposta a um comentário anônimo gerou uma série de manifestações que decidi não publicar ou porque eram parvas e poderiam ameaçar a formação intelectual dos alunos que lêem esse blog, ou porque o comentarista pediu para que eu não publicasse. Tenho todas arquivadas, porém.
Entretanto, tenho o dever de me defender de algumas injustiças que sofri nesses comentários. Sem alimentar a ambição,contudo, de convencê-los ou de levá-los para o meu lado. Não pastoreio almas! Quero e desejo que cada um (os alunos em particular), tenha condições de seguir o próprio caminho.
Vamos aos esclarecimentos.
Nunca li 500 livros, como disseram de forma hiperbólica, tentando com isso me colocar num patamar de superioridade diante daqueles que não leram tanto. Para falar a verdade, nunca fiz essa contabilidade. O fato de uma pessoa ter lido 500 livros não torna, obrigatoriamente, o pensamento dessa pessoa melhor do que o de outra sem tantas leituras. Aliás, o filósofo Arthur Schopenhauer recomendaria inclusive, o oposto. Ele diria que quem lê muitos livros pensa pela cabeça dos outros, não por sua própria cabeça. Ensina ainda o filósofo alemão que a pessoa deveria ler menos e pensar mais. Todavia, é inegável que quem tem uma bagagem de leituras maior terá mais condições de discutir um tema do que quem não tem. Se uma pessoa que leu 500 livros não consegue ser mais clara e precisa nos seus argumentos do que uma pessoa que não leu 5, alguma coisa está errada!
Nenhum aluno, nenhum mesmo, poderá se levantar na sala, sob pena de estar sendo injusto, e dizer que o meu jeito contundente de expor algumas idéias impede que ele manifeste na sala ou nesse blog, as suas opiniões, como bem sabe alguns alunos que discordam claramente de mim em alguns momentos.
Aqui no blog, quando um beócio vem comentar com argumentos rasteiros de quem aprendeu história ou economia política num acampamento do MST, chuto mesmo o traseiro. No entanto, com um aluno ou com um amigo, procuro sempre ser gentil, sem deixar de ser claro. Os alunos que me prestigiam nesse espaço merecem o meu respeito não o meu achincalhe. Por uma razão simples: o estudante não tem a obrigação de saber certas coisas. Se ele, porventura, tem uma visão sobre um determinado tema, deficiente, meu papel é apontar as deficiências, jamais ridicularizá-las.
Quando os alunos lêem os meus posts mais duros, estou combatendo idéias, corrigindo equívocos, sempre dizendo onde eles se encontram. É claro que pode haver um ou vários que discordem, mas apresento fatos, dados, provas que se não são suficientes, paciência. O que eu não posso é mentir. Não posso corromper a verdade ou adaptá-la às minhas convicções.
A ilação de que se um aluno quiser dar sua opinião aqui no blog e se essa opinião vier a se contrapor à minha, será tratado com desrespeito e descortesia, é injusta. Procurem nos arquivos uma só vez que um aluno foi destratado aqui nesse blog. Podem procurar e me digam, ok?
Não fico nem um pouco chateado, ao contrário, fico até feliz quando um aluno procura argumentos para se contrapor às minhas convicções. É uma prova de que esse aluno procura, antes de tudo, construir seu próprio caminho, livre de qualquer tipo de dependência intelectual. A pior coisa que pode acontecer para o desenvolvimento intelectual de um estudante é o pensamento único. Nesse aspecto, acho que o meu papel é ser a voz que destoa.
É público e notório que em muitos aspectos sou um professor tido como "do contra”. Não me acabrunho com rótulos. Que bom que os meus alunos podem, nas minhas aulas pelo menos, ter uma visão de mundo diferente. O que me incomoda é a mentira e a deturpação da verdade. Quando as vejo, denuncio com o meu jeito um tanto desajeitado de escrever e de falar.
Na minha atividade de blogueiro, isso já tem 3 anos, escrevo muitas vezes de forma dura, ácida e quase sempre irônica; o que, é claro, causa desconforto em muita gente, sobretudo naqueles que acham que a polidez é sempre a melhor alternativa. Confesso que quando escrevo não avalio bem o tom hostil de minhas palavras. Quando termino, é que percebo o quanto fui áspero nos termos e nas comparações.
O post que escrevi em resposta a um comentário anônimo gerou uma série de manifestações que decidi não publicar ou porque eram parvas e poderiam ameaçar a formação intelectual dos alunos que lêem esse blog, ou porque o comentarista pediu para que eu não publicasse. Tenho todas arquivadas, porém.
Entretanto, tenho o dever de me defender de algumas injustiças que sofri nesses comentários. Sem alimentar a ambição,contudo, de convencê-los ou de levá-los para o meu lado. Não pastoreio almas! Quero e desejo que cada um (os alunos em particular), tenha condições de seguir o próprio caminho.
Vamos aos esclarecimentos.
Nunca li 500 livros, como disseram de forma hiperbólica, tentando com isso me colocar num patamar de superioridade diante daqueles que não leram tanto. Para falar a verdade, nunca fiz essa contabilidade. O fato de uma pessoa ter lido 500 livros não torna, obrigatoriamente, o pensamento dessa pessoa melhor do que o de outra sem tantas leituras. Aliás, o filósofo Arthur Schopenhauer recomendaria inclusive, o oposto. Ele diria que quem lê muitos livros pensa pela cabeça dos outros, não por sua própria cabeça. Ensina ainda o filósofo alemão que a pessoa deveria ler menos e pensar mais. Todavia, é inegável que quem tem uma bagagem de leituras maior terá mais condições de discutir um tema do que quem não tem. Se uma pessoa que leu 500 livros não consegue ser mais clara e precisa nos seus argumentos do que uma pessoa que não leu 5, alguma coisa está errada!
Nenhum aluno, nenhum mesmo, poderá se levantar na sala, sob pena de estar sendo injusto, e dizer que o meu jeito contundente de expor algumas idéias impede que ele manifeste na sala ou nesse blog, as suas opiniões, como bem sabe alguns alunos que discordam claramente de mim em alguns momentos.
Aqui no blog, quando um beócio vem comentar com argumentos rasteiros de quem aprendeu história ou economia política num acampamento do MST, chuto mesmo o traseiro. No entanto, com um aluno ou com um amigo, procuro sempre ser gentil, sem deixar de ser claro. Os alunos que me prestigiam nesse espaço merecem o meu respeito não o meu achincalhe. Por uma razão simples: o estudante não tem a obrigação de saber certas coisas. Se ele, porventura, tem uma visão sobre um determinado tema, deficiente, meu papel é apontar as deficiências, jamais ridicularizá-las.
Quando os alunos lêem os meus posts mais duros, estou combatendo idéias, corrigindo equívocos, sempre dizendo onde eles se encontram. É claro que pode haver um ou vários que discordem, mas apresento fatos, dados, provas que se não são suficientes, paciência. O que eu não posso é mentir. Não posso corromper a verdade ou adaptá-la às minhas convicções.
A ilação de que se um aluno quiser dar sua opinião aqui no blog e se essa opinião vier a se contrapor à minha, será tratado com desrespeito e descortesia, é injusta. Procurem nos arquivos uma só vez que um aluno foi destratado aqui nesse blog. Podem procurar e me digam, ok?
Não fico nem um pouco chateado, ao contrário, fico até feliz quando um aluno procura argumentos para se contrapor às minhas convicções. É uma prova de que esse aluno procura, antes de tudo, construir seu próprio caminho, livre de qualquer tipo de dependência intelectual. A pior coisa que pode acontecer para o desenvolvimento intelectual de um estudante é o pensamento único. Nesse aspecto, acho que o meu papel é ser a voz que destoa.
É público e notório que em muitos aspectos sou um professor tido como "do contra”. Não me acabrunho com rótulos. Que bom que os meus alunos podem, nas minhas aulas pelo menos, ter uma visão de mundo diferente. O que me incomoda é a mentira e a deturpação da verdade. Quando as vejo, denuncio com o meu jeito um tanto desajeitado de escrever e de falar.
4 comentários:
Tive que ressaltar o comentario infeliz e preconceituoso.
"...quando um beócio vem comentar com argumentos rasteiros de quem aprendeu história ou economia política num acampamento do MST, chuto mesmo o traseiro."
Você por acaso já foi a um assentamento do MST? Já teve um debate com um militante do movimento?
Vi muitos estudantes universitarios ficarem boquiabertos com o nivel cultural de palestrantes ativistas do MST, e outros movimentos sociais.
Oh, David, obrigado pela audiência. Um estudante universitário ficar boquiaberto com uma palestra de um, como é mesmo?, ativista militante do MST, não me surpreende mesmo. Até professores ficam. Tive alguns que me levaram para esses acampamentos, ainda em Recife, que adoravam!
Certamente você aprenderá mais nesses acampamentos do que nessa página. Coragem, rapaz! Avante!
PS: Eu sei que a universidade, não é de hoje, não está grande coisa, mas eu desconfiava, sou mesmo um tolo, de que ela era um pouquinho melhor do que um acampamento do MST. Você vem aqui e me esclarece que eu estou errado. Obrigado novamente.
Não tenho aqui a intenção de defender ou acusar nenhuma das partes neste imbróglio, mas é de direito do professor expressar seus pensamentos, sejam eles concernentes ou não com os dos leitores.
É arrogante, sim! Muitas vezes, quase empedernido. Mas tão pueril. Não chega a ser "beócio", mas, não raras veses, crasso. Não obstante a tentativa de mostrar-se inteligente ao forçar as construções sintáticas com léxico prolixo dicionáristico, os seus acintes e as suas idissincrasias estereotipadas servem menos para causar polêmica do que preocupação, uma vez que ao se dizer professor, aponta e pontua falta de maturidade intelectual imprescindível a qualquer educador.
Sim, educador. Por que professor qualquer um pode ser, pode se autodenominar. É profissão. Quanto a ser educador... Ah, es´te é um ofício, um sacerdócio! É preciso mais do que verborragia para exercê-lo!
Hummm, vejamos: essa conjunção adversativa aí,Cláudio, é dispensável. Pior: é inadequada, tá bom?
Não tenho exatamente leitores, e sim, alunos que eventualmente me lêem.
Cláudio, você que disse que não tinha intenção de defender ou acusar as partes, já veio me chamando de arrogante quase empedernido? Afirmando que embora eu não seja um beócio, sou um crasso? Onde você aprendeu essa sintaxe? Já sei! Andou lendo Paulo Freire demais.
O que mais me espantou no seu comentário é sua boçalidade na escrita. Se eu ouvisse de você o que eu li, acharia que estava na frente de Odorico Paragaçu. Veja esse seu trecho: “Não obstante a tentativa de mostrar-se inteligente ao forçar as construções sintáticas com léxico prolixo dicionáristico, os seus acintes e as suas idissincrasias estereotipadas...”
Bem,você não sabe acentuar algumas palavras, como se vê. O pior é que você escreve alguns termos como se os tivesse regurgitando. A impressão que me dá é que você não sabe aplicar os termos que usou, talvez nem saiba o significado.
Discordo especialmente, neste ponto. Nem todo mundo pode ser professor. Você, por exemplo, com essa sintaxe e esse pensamento confuso, não poderia ser. Não na minha escola, pelo menos.
Quem disse a você que eu quero ser educador? Quem educa é a família. Eu ensino o conteúdo. Pegue seu Pedagogia do Oprimido e dê à obra uma utilidade semelhante a que os cubanos estão dando ao Gramna e aos livros de Fidel, ok?
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