O Nacionalismo, ideologia que marcou profundamente os países europeus no século XIX e XX, e que impulsionou as Guerras de Unificação da Itália e da Alemanha também contribuiu para as rivalidades entre as potências imperialistas e para as desconfianças mútuas entre elas. Grosso modo, o nacionalismo buscava difundir entre os povos o "orgulho nacional". Para difundir esse orgulho nacional era fundamental a expansão econômica, o que naquele contexto significava a expansão imperialista. Desse modo, disputas econômicas entre empresas monopolistas de países rivais transformaram-se em disputas políticas, tendo como pano de fundo o nacionalismo.
Quando no final do século XIX a Alemanha começou a obter um significativo crescimento industrial tornando-se uma ameaça à hegemonia britânica na Europa, iniciou-se entre essas duas potências uma forte disputa econômica que ganhou contornos políticos com o discurso nacionalista de seus governantes. Em síntese: O nacionalismo difundiu entre as nações europeias a crença no orgulho nacional e pretensões de grandeza nacional. Disputas econômicas entre empresas monopolistas se transformaram, pela ação dos governantes que adotaram um discurso nacionalista, em disputas entre nações.
A CONFERÊNCIA DE BERLIM
No post anterior, há um mapa do continente africano onde se vê a partilha da África pelas potências europeias. Essa partilha foi decidida entre 1884-1885, na Conferência de Berlim. Nessa conferência, havia 14 países europeus, mais os Estados Unidos.
O objetivo principal da Conferência de Berlim era o de evitar conflitos armados entre as potências pelos territórios africanos.
Observando o mapa, fica claro que França e Inglaterra foram as principais beneficiadas dessa partilha, o que causou um forte descontentamento na Alemanha e na Itália. Ou seja: a conferência que tinha como finalidade resolver conflitos e encerrar a disputas por colônias na África não alcançou o seu objetivo.
A partilha da África pelas potências na Conferência de Berlim não levou em conta as particularidades das populações do continente. Dessa forma, a partilha arbitrária do território africano criou situações potencialmente perigosas, como a presença de etnias rivais num mesmo território colonial. Enquanto houve o domínio imperialista, essas etnias foram mantidas, pelo uso da força, sob controle. Após o processo de descolonização do continente, após a Segunda Guerra Mundial (1945), os ódios seculares entre essas etnias se manifestaram com fúria.
A MISSÃO CIVILIZADORA OU O FARDO DO HOMEM BRANCO.
Hoje em dia causa-nos indignação a ideia de que existam raças ou povos superiores aos outros. Aliás, os avanços na genética já comprovaram que o conceito de raça não se sustenta cientificamente. Mas no final do século XIX as teorias racistas foram bastante aceitas. Segundo esses teóricos, a raça branca - europeia - era, pelas conquistas tecnológicas e pelos avanços científicos, superior às demais raças. Baseadas nessa crença, as potências imperialistas legitimavam o domínio sobre o território africano e asiático com o argumento de que estariam levando o progresso e o desenvolvimento, enfim, estariam levando a civilização a povos inferiores e atrasados. Essa crença ficou conhecida como missão civilizadora ou o fardo do homem branco.
Aqui, você pode assistir a um filme antigo que se passa no contexto da Partilha da África.
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