sábado, 16 de abril de 2011

CONFIRAM O GABARITO.

Confiram, abaixo, o gabarito da prova objetiva de história. Caso tenham alguma dúvida, por favor, usem o espaço dos comentários para expô-las. Terei o maior prazer em esclarecê-las.

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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Camisas com a suática? Pois é.

Em breve estudaremos em sala de aula os movimentos fascistas que ascendem ao poder na Europa após a I Guerra Mundial. Apesar da ideologia do ódio e da violência, ainda hoje muitos jovens ainda são seduzidos por essas ideias nefastas. Leiam com muita atenção a matéria -clique aqui - sobre a prisão de um homem que confeccionava camisetas com a suástica, ao que tudo indica para uma festa que comemoraria o aniversário de Hitler.


Aproveito o ensejo para recomendar o filme UMA OUTRA HISTÓRIA AMERICANA. É um filme tenso, mas muito instrutivo sobre como os jovens são seduzidos por grupos neonazistas e, claro, as consequências disso.


Só uma reflexão: Que os fascismos devem merecer o desprezo e o rechaço das pessoas decentes e de bem, não há dúvida. Que a suástica dos nazistas é o simbolo da morte e da intolerância, todos sabemos e acho que a maioria a repudia. Apenas me pergunto por que a foice e o martelo, que simbolizam o comunismo, que nada mais foi que outro tipo de fascismo, é visto ainda hoje como um símbolo da liberdade e da justiça.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Os dois Projetos de República.¹

Quando em outubro deste ano os eleitores brasileiros forem às urnas estarão celebrando a sétima eleição consecutiva e direta para Presidente da República. Os mais jovens talvez não saibam, mas nos 121 anos de República no Brasil, nosso país passou por duas famigeradas ditaduras: a do Estado Novo (1937-1945), cujo ditador foi Getúlio Vargas; e a do Regime Militar (1964 - 1985). Nesses dois períodos foi retirado dos brasileiros o direito de eleger pelo voto direto o Presidente da República.

Quando em 15 de novembro de 1889 a quartelada comandada pelo marechal Deodoro da Fonseca destronou o imperador D Pedro II e mandou a família imperial para a Europa, o novo regime político que se implantava pela força não teve qualquer apoio no seio do povo, que assistiu - usando a feliz expressão de José Gilherme Mota - bestializado o fim da monarquia.

No mesmo sentido, ensina-nos Boris Fausto que "como episódio, a passagem do Império para a República foi quase um passeio", aludindo certamente ao fato de que não houve comoção popular nem crises de instabilidade causadas pelo Golpe do Exército.

Toda essa calmaria, entretanto, logo logo cederia lugar a um período de instabilidade política, como revoltas militares, crise econômica, revoltas no campo e nas cidades. Se a Proclamação da República em si, não sacudiu o país, os primeiros 15 anos do regime foram marcados por sérias crises políticas e sociais.

Em primeiro lugar é fundamental que a gente lembre que os grupos que defendiam o regime republicano não eram homogêneos nem tinham a mesma visão sobre a organização do novo regime. Grosso modo havia duas visões opostas: a dos militares - e aqui falo do exército - e a dos grandes proprietários, sobretudo dos cafeicultores. Os primeiros defendiam um modelo republicano baseados nas ideias do positivismo e os os outros tinham uma visão mais liberal, próxima da república norte-americana, conhecida como federalismo.

Estou, meus caros, a simplificar as divergências, haja visto que mesmo entre os militares havia importantes diferenças, e entre os cafeicultores também; contudo, numa visão abrangente, as ideias positivistas e federalista, confrontavam-se no debate sobre o modelo de República que deveria ser implantado no Brasil. Este post tem como objetivo tratar desses dois projetos de república.

Os positivistas

Boris Fausto nos ensina que apesar do positivismo estar ligado aos oficiais do exército brasileiro, havia civis, como os republicanos gaúchos, que defendiam o projeto positivista . Por outro lado, os dois primeiros presidentes do Brasil, que foram militares, o Marechal Deodoro e o Marechal Floriano Peixoto não eram exatamente entusiastas do positivismo. O primeiro imaginava que com a República o exército passaria a ter mais prestígio e reconhecimento do que tinha com a Monarquia, assumindo um papel importante nos destinos do país. O segundo, embora não fosse positivista, estava cercado por jovens oficiais da Escola Militar que defendiam com ardor as idéias do positivismo. Esses jovens oficiais concebiam que a missão dos militares era dar um sentido aos rumos do país. A República deveria garantir a ordem e o progresso do Brasil. Eles entendiam como progresso a "modernização da sociedade através da ampliação dos conhecimentos técnicos, do crescimento da indústria, da expansão das comunicações"²

Em que pese as diferenças entre o "grupo" de Deodoro e o "grupo" de Floriano, o fato de pertencerem ao exército lhes dava um sentido de aproximação. De forma geral acreditavam num Poder Executivo forte, numa inevitável ditadura militar e viam o exército como uma instituição incorruptível, defensora por princípio dos interesses nacionais, numa palavra: patriótica. Desconfiavam da ideia liberal de conceder autonomia às províncias, primeiro porque enxergavam nesse fato os interesses particulares dos grandes proprietários e depois porque imaginavam que a autonomia das províncias traria de volta o risco da fragmentação territorial do país.³

Os Grandes Proprietários

O historiador Marco Antônio Vila nos revela que em agosto de 1889 a eleição para a câmara elegeu apenas dois representantes do Partido Republicano. Os demais eram dos partidos que sustentavam a Monarquia: o Conservador e o Liberal. Como, pergunta Vila, em três meses, todo o apoio político que sustentava o imperador se esvaneceu? Uma das explicações, segundo o professor da UFSCar está na ideia de que com a república haveria autonomia das províncias, dando aos grandes proprietários um poder que não conseguiam desfrutar por causa do regime centralizador da monarquia. Isto é, foi sobretudo por conta da possibilidade de conquistarem mais poder nos seus respectivos estados que muitos daqueles que apoiavam o imperador debandaram-se para a causa republicana.

Havia, portanto, entre os defensores da República, dois modelos opostos: o que defendia um governo mais centralizado, e que por isso não via com bons olhos a ideia do federalismo; e aquele que defendia uma importante descentralização política, dando às províncias a autonomia para contrair empréstimos, criar impostos, criar leis, etc.

A luta entre essas duas visões de país vai marcar a história do início da República no Brasil.

1 - Texo publicado originalmente em março de 2010.

sábado, 2 de abril de 2011

Até nas ditaduras é permitido concordar...

Jair Bolsonaro é um truculento? É. É mais pateta que estúpido? Também. Mas os seus detratores não são menos truculentos, e são bem mais estúpidos.

Nem preciso dizer que acho sua opinião sobre como impedir que as crianças se tornem homossexuais uma arrematada tolice, e o seu saudosismo da ditadura militar apenas jogo de cena para provocar os de sempre e acalentar os bobos nosltálgicos. Mas, cassar o direito que ele tem de exprimir suas opiniões, ainda que tacanhas e desprezíveis, aí não dá!

Testa-se a democracia não quando garantimos o direitos dos outros de concordarem com a gente, mas quando ocorre justamente o contrário. Fiquem, abaixo, com um texto impecável do jornalista Guilherme Fiúza, em Época desta semana.

NO BRASIL DE HOJE, COMO SE SABE, NINGUÉM é de direita. Ou melhor: a direita existe, mas é uma espécie de sujeito oculto, que só aparece para justificar os heróicos discursos da esquerda - eterna vítima dela. Lula governou oito anos, promoveu seus companheiros aos mais altos cargos e salários estatais, fez sua sucessora, e a esquerda continua oprimida pela elite burguesa. É de dar pena. Nessa doce ditadura dos coitados, é preciso cuidado com o que se fala. Os coitados são muito suscetíveis. Foi assim que o deputado federal Jair Bolsonaro foi parar no paredão.

Bolsonaro é filiado ao Partido Progressista, mas é uma espécie de reacionário assumido. Defende abertamente as bandeiras da direita - que, como dito acima, não existem mais. Portanto, Bolsonaro não existe. Mas fala - e esse é seu grande crime. Depois da polêmica entrevista do deputado ao CQC, da TV Bandeirantes, o líder do programa, Marcelo Tas, recebeu e-mails de telespectadores revoltados. Parte deles protestava contra o próprio Tas, por ter dado voz a Jair Bolsonaro. Na Constituição dos politicamente corretos - assim como nas militares -, liberdade de expressão tem limite.

A grande barbaridade dita por Bolsonaro no CQC, em resposta à cantora Preta Gil, foi que um filho seu não se casaria com uma negra, por não ser promíscuo. Uma declaração tão absurda que o próprio Marcelo Tas cogitou, em seguida, que o deputado não tivesse entendido a pergunta. Foi exatamente o que Bolsonaro afirmou no dia seguinte. Estava falando sobre homossexualismo e não percebeu que a questão era sobre racismo: “A resposta não bate com a pergunta”, disse o deputado.

Se Jair Bolsonaro é ou não é racista, não é essa polêmica que vai esclarecer. No CQC, pelo menos, ele não disparou deliberadamente contra os negros. Estava falando de promiscuidade, porque seu alvo era o homossexualismo. O conceito do deputado sobre os gays é, como a maioria de seus conceitos, reacionário. A pergunta é: por que ele não tem o direito de expressá-lo?

Bolsonaro nem sequer pregou a intolerância aos gays. Disse inclusive que eles são respeitados nas Forças Armadas. O que fez foi relacionar o homossexualismo aos “maus costumes”, dizendo que filhos com “boa educação” não se tornam gays. É um ponto de vista preconceituoso, além de tacanho, mas é o que ele pensa. Seria saudável que os gays, com seu humor crítico e habitualmente ferino, fossem proibidos de fustigar a truculência dos militares? A entrevista também passou pelo tema das cotas raciais. Jair Bolsonaro declarou o seguinte: “Eu não entraria num avião pilotado por um cotista. Nem aceitaria ser operado por um médico cotista”.

É a resposta de um reacionário, um dinossauro da direita, prescrito pelas modernas ideologias progressistas e abominado por sua lealdade ao regime militar. Mas é uma boa resposta. E agora? Agora o Brasil bonzinho vai fazer o de sempre: passar ao largo do debate e choramingar contra a direita. Eis um caminho de risco zero. Processar Bolsonaro, o vilão de plantão, é vida fácil para os burocratas do humanismo. No reinado do filho do Brasil, até o nosso Delúbio, com a boca na botija do mensalão, gritou que aquilo era uma conspiração da direita contra o governo popular. O filão é inesgotável.

Cutucar o conservadorismo destrambelhado de Bolsonaro é atração garantida. Mas censurá-lo em seguida não fica bem. Parece até coisa dos antepassados políticos dele. A metralhadora giratória do capitão dispara absurdos, mas não está calibrada para fazer média com as minorias - e isso é raro hoje em dia. De mais a mais, se manifestantes negros podem tentar barrar um bloco carnavalesco que homenageia Monteiro Lobato, por que um deputado de direita não pode ser contra o orgulho gay e as cotas raciais? Vai ver o preconceito também virou monopólio da esquerda.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Textos Sobre a Revolução Russa

Caríssimos!!!

Abaixo há 3 links que remetem a textos escritos por mim há dois anos e que provocaram alguma celeuma na época. Como parte da formação de vocês no conteúdo da Revolução Russa, recomendo os textos, sem, contudo, obrigá-los a concordar com todas as ideias neles expostas.

Lênin, um democrata?

Stálin X Trotsky

O Ensaio Geral

Boa Leitura e bons estudos!!!