Os vídeos são propagandísticos, portanto, é preciso dar um desconto à maneira como eles apresentam os movimentos. No post acima, faço um comentário sobre esses dois movimentos de massa tão famosos da Era Vargas.
"O objeto próprio da história consiste, antes de tudo, no conhecimento dos relatos verdadeiros, no seu teor real, e em seguida na indagação por quais razões fracassou ou triunfou aquilo que foi dito ou aquilo que foi feito(...) se negligenciarmos os discursos verdadeiros e os que lhe deu origem, substituindo-os por argumentações falaciosas e por extensões retóricas, nada mais fazemos que suprimir o objeto da história." Políbio, História.(século II a C)
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
A Política Educacional na Era Vargas
A Educação era um tema considerado vital para as pessoas que chegaram ao poder após a Revolução de 1930. O obejtivo era o de formar uma elite mais ampla e intelectualmente mais bem preparada.
Desde a década de 1920, algumas medidas vinham sendo adotadas nas esferas estaduais, mas a partir de 1930, a reforma da Educação passou a ser uma política pública do governo federal. O marco inicial dessa política foi a criação do Ministério da Educação e Saúde, em novembro de 1930.
Alguns historiadores identificam elementos fascistas nas reformas educacionais da Era Vargas. Boris Fausto, porém, pondera que eram medidas mais autoritárias que fascistas. Para tanto ele argumenta: "... o Estado tratou de organizar a educação de cima para baixo, mas sem envolver uma grande mobilização da sociedade; sem promover também uma formação escolar totalitária que abrangesse todos os aspectos do universo cultural"¹.
Dois nomes, ministros da Educação na Era Vargas, foram importantes nessa nova Política Educacional: Francisco Campos e Gustavo Capanema. O último foi ministro de 1934 a 1945 e se empenhou na reforma do ensino secundário e superior.
No ensino superior o governo incentivou a criação de universidades, que seriam dedicadas ao ensino e à pesquisa. Já no ensino secundário a tarefa foi mais abrangente, porque na prática esse nível de ensino sequer existia no Brasil.
Sobre o ensino secundário é importante destacar:
Desde a década de 1920, algumas medidas vinham sendo adotadas nas esferas estaduais, mas a partir de 1930, a reforma da Educação passou a ser uma política pública do governo federal. O marco inicial dessa política foi a criação do Ministério da Educação e Saúde, em novembro de 1930.
Alguns historiadores identificam elementos fascistas nas reformas educacionais da Era Vargas. Boris Fausto, porém, pondera que eram medidas mais autoritárias que fascistas. Para tanto ele argumenta: "... o Estado tratou de organizar a educação de cima para baixo, mas sem envolver uma grande mobilização da sociedade; sem promover também uma formação escolar totalitária que abrangesse todos os aspectos do universo cultural"¹.
Dois nomes, ministros da Educação na Era Vargas, foram importantes nessa nova Política Educacional: Francisco Campos e Gustavo Capanema. O último foi ministro de 1934 a 1945 e se empenhou na reforma do ensino secundário e superior.
No ensino superior o governo incentivou a criação de universidades, que seriam dedicadas ao ensino e à pesquisa. Já no ensino secundário a tarefa foi mais abrangente, porque na prática esse nível de ensino sequer existia no Brasil.
Sobre o ensino secundário é importante destacar:
- a criação de um currículo seriado, dividido em dois ciclos (fundamental e secundário) e a frequência obrigatória;
- A exigência da conclusão do ensino secundário para o ingresso no ensino superior;
- O ciclo fundamental seria de 5 anos e o secundário de dois anos
Havia dois grupos de educadores na década de 1930: os católicos e os liberais. De forma geral, Vargas inclinou-se mais para os primeiros. Uma prova disso é que na Era Vargas o ensino religioso nas escolas públicas e privadas foi estabelecido e as escolas privadas católicas receberam subvenções do governo.
Considerando o ponto de onde se partiu a educação no Brasil, podemos dizer que as reformas educacionais da Era Vargas, ainda que a qualidade do ensino fosse precária para a maioria dos brasileiros, as reformas tiveram um impacto muito positivo na educação do país.
1- Boris Fausto, História do Brasil, página 337,
A Política Trabalhista na Era Vargas*
Em 1930, um golpe desferido pelas forças políticas derrotadas nas eleições presidenciais daquele ano, sepultou a República Velha e deu início ao período que os historiadores denominaram de Era Vargas. A partir de então, o Brasil mudou.
Muito se discute sobre o alcance e mesmo a intensidade das transformações que ocorreram no país entre os anos de 1930 e 1945. Um fato, porém, é inescapável: grandes ou pequenas, profundas ou supreficiais, as transformações passaram por uma mesma pessoa: Getúlio Vargas. Segundo Boris Fausto, Vargas representou, nos 15 anos em que foi presidente do Brasil, a modernização do país e a centralização política. Nesse post meu objetivo é comentar a política trabalhista da Era Vargas.
A Política Trabalhista.
Nos longos 15 anos de governo da Era Vargas, a Política trabalhista, passou por diversas fases, mas em todas elas o governo buscou alcançar dois objetivos:
1- Reprimir as organizações de esquerda que queriam organizar a classe trabalhadora, sobretudo os militantes do PCB que procuravam atuar nos sindicatos;
2- Atrair a classe trabalhadora para o apoio ao governo, através de mecanismos jurídicos e leis que garantiam direitos aos trabalhadores.
Uma das primeiras medidas de Vargas, ainda na fase do Governo Provisório, foi a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio; em seguida, vieram as leis que protegiam os trabalhadores; as leis que enquadravam os sindicatos; que perderam a sua autonomia, e, por fim, a criação órgãos cuja função seria o de arbitrar conflitos entre patrões e empregados, como as Juntas de Conciliação e Julgamento.
Entre as primeiras leis de proteção ao trabalhador podemos destacar aquelas que regulamentavam o trabalho das mulheres e dos menores, que concedia o direito a férias e que limitava em oito horas diárias a jornada normal de trabalho.
Para enquadrar os sindicatos, isto é, controlá-los, tirando-lhes a autonomia, o governo Vargas, em 1931, reconheceu o direito que os trabalhadores e os empresários tinham de formar organizações sindicais, mas era sobretudo os sindicatos dos trabalhadores que interessavam ao governo.
O decreto 19770, determinava que cada categoria profissional só poderia ter um sindicato - o princípio da unidade sindical - além disso, a sindicalização não seria obrigatória e o governo tinha o direito de participar das assembleias e poderia, sempre que achasse conveniente, fechar os sindicatos. Portanto, as primeiras organizações sindicais legalizadas no Brasil estavam à mercê da boa vontade do governo.
É importante considerar que a Política Trabalhista da Era Vargas não decorreu de pressões sociais, seja do empresariado, seja dos trabalhadores; mas da decisão unilateral do governo. Se algumas leis que protegiam os trabalhadores eram antigas reivindicações dos sindicatos anarquistas e comunistas das décadas anteriores, elas só viraram realidade porque o governo decidiu adotá-las com o objetivo claro de controlar os trabalhadores. Em outras palavras, o governo deixava claro que aquelas leis eram antes benesses do governo que direitos dos trabalhadores ou fruto das reivindicações dos sindicatos.
Finalmente, podemos concluir que a legislação trabalhista da Era Vargas, em que pese a oposição das organizações trabalhistas de esquerda que não aceitavaM a intromissão do governo nos sindicatos; e a resistência do empresariado em conceder direitos aos trabalhadores, especialmente o direito a férias; acabou se impondo. A consequência disso foi o desaparecimento, na década de 30, do sindicato autônomo.
Fonte: História do Brasil; Boris Fausto; páginas 335 e 336.
Muito se discute sobre o alcance e mesmo a intensidade das transformações que ocorreram no país entre os anos de 1930 e 1945. Um fato, porém, é inescapável: grandes ou pequenas, profundas ou supreficiais, as transformações passaram por uma mesma pessoa: Getúlio Vargas. Segundo Boris Fausto, Vargas representou, nos 15 anos em que foi presidente do Brasil, a modernização do país e a centralização política. Nesse post meu objetivo é comentar a política trabalhista da Era Vargas.
A Política Trabalhista.
Nos longos 15 anos de governo da Era Vargas, a Política trabalhista, passou por diversas fases, mas em todas elas o governo buscou alcançar dois objetivos:
1- Reprimir as organizações de esquerda que queriam organizar a classe trabalhadora, sobretudo os militantes do PCB que procuravam atuar nos sindicatos;
2- Atrair a classe trabalhadora para o apoio ao governo, através de mecanismos jurídicos e leis que garantiam direitos aos trabalhadores.
Uma das primeiras medidas de Vargas, ainda na fase do Governo Provisório, foi a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio; em seguida, vieram as leis que protegiam os trabalhadores; as leis que enquadravam os sindicatos; que perderam a sua autonomia, e, por fim, a criação órgãos cuja função seria o de arbitrar conflitos entre patrões e empregados, como as Juntas de Conciliação e Julgamento.
Entre as primeiras leis de proteção ao trabalhador podemos destacar aquelas que regulamentavam o trabalho das mulheres e dos menores, que concedia o direito a férias e que limitava em oito horas diárias a jornada normal de trabalho.
Para enquadrar os sindicatos, isto é, controlá-los, tirando-lhes a autonomia, o governo Vargas, em 1931, reconheceu o direito que os trabalhadores e os empresários tinham de formar organizações sindicais, mas era sobretudo os sindicatos dos trabalhadores que interessavam ao governo.
O decreto 19770, determinava que cada categoria profissional só poderia ter um sindicato - o princípio da unidade sindical - além disso, a sindicalização não seria obrigatória e o governo tinha o direito de participar das assembleias e poderia, sempre que achasse conveniente, fechar os sindicatos. Portanto, as primeiras organizações sindicais legalizadas no Brasil estavam à mercê da boa vontade do governo.
É importante considerar que a Política Trabalhista da Era Vargas não decorreu de pressões sociais, seja do empresariado, seja dos trabalhadores; mas da decisão unilateral do governo. Se algumas leis que protegiam os trabalhadores eram antigas reivindicações dos sindicatos anarquistas e comunistas das décadas anteriores, elas só viraram realidade porque o governo decidiu adotá-las com o objetivo claro de controlar os trabalhadores. Em outras palavras, o governo deixava claro que aquelas leis eram antes benesses do governo que direitos dos trabalhadores ou fruto das reivindicações dos sindicatos.
Finalmente, podemos concluir que a legislação trabalhista da Era Vargas, em que pese a oposição das organizações trabalhistas de esquerda que não aceitavaM a intromissão do governo nos sindicatos; e a resistência do empresariado em conceder direitos aos trabalhadores, especialmente o direito a férias; acabou se impondo. A consequência disso foi o desaparecimento, na década de 30, do sindicato autônomo.
Fonte: História do Brasil; Boris Fausto; páginas 335 e 336.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Dois vídeos sobre os ataques atômicos ao Japão.
Abaixo, uma matéria de 2005 do programa Fantástico da TV Globo, sobre os 60 anos dos ataques nucleares contra o Japão. Vale a pena conferir o vídeo porque além de informações históricas há muitas informações técnicas sobre o funcionamento do artefato nuclear.
Abaixo, as duas primeiras partes do documentário do Discovery Channel, Hiroshima. O documentário, em português, revela toda a história da Bomba e do ataque atômico a Hiroshima.
Clique aqui e saiba mais sobre o ataque nuclear a Hiroxima.
A Bomba! Hiroxima e o ataque atômico.
Hiroxima: 150 mil mortos
Nagasaki: 50 mil mortos
Hiroxima ardia, consumida pelo fogo e contaminada pela radiação, quando aviões americanos lançaram sobre as cidades japonesas um curto panfleto aterrador. Sua principa passagem dizia:
Possuímos o explosivo mais destruidor já idealizado pela humanidade. Uma única de nossas recém-desenvolvidas bombas atômicas é, na verdade, o equivalente em poder explosivo ao que podem transportar dois mil de nossos gigantescos B-29 numa só missão. Esse fato terrível deve ser ponderado por vocês, e nós asseguramos, solenemente, que ele é cruelmente preciso. Começamos a usar tal arma contra a sua terra natal. Se vocês têm alguma dúvida, investiguem o que aconteceu a Hiroxima quando apenas uma bomba atômica caiu sobre a cidade¹
"Litle Boy" caiu sobre Hiroxima a 6 de agosto de 1945. "Fat Man" caiu sobre Nagasaki três dias depois. No instante das detonações, o clarão da explosão emitiu uma radiação de calor que se deslocou à velocidade da luz. As pessoas que se encontravam em lugares abertos foram extensivamente queimadas: a pele carbonizou-se em tons marrom-escuro ou preto e elas pereceram depois de minutos e ou horas. A radiação térmica se deslocou em linha reta, como a luz, de modo que as áreas queimadas corresponderam à exposição direta a ela. Indivíduos que estavam no interior de edifícios e casas experimentaram queimaduras nas partes expostas através das janelas. Um homem que escrevia diante de uma janela teve as mãos completamente carbonizadas mas, devido ao ângulo de entrada da radiação, seu pescoço e sua face sofreram apenas queimaduras superficiais.
Sob os cogumelos atômicos, morreram no dia dos bombardeios algo em torno de 150 mil pessoas. Quatro meses depois, como efeito da radiação e das queimaduras, o saldo de mortes havia dobrado. O panfleto lançado sobre as cidades japonesas incentivava a população a pedir ao imperador que encerrase a guerra: "Nosso presidente delineou para vocês as 13 consequências de uma rendição honrosa." Os representantes do Japão assinaram, a 2 de setembro, a bordo do USS Missouri, o Instrumento de Rendição. "Nós, por este, proclamamos a rendição incondicional aos Poderes Aliados do Quartel-General imperial japonês e de todas as forças armadas japonesas e das forças armadas sob controle japonês, onde quer que estejam situadas".
Um símbolo de rendição incondicional: eis o primeiro significado de Hiroxima.
NOITE NUCLEAR.
"Por que já é noite? Por que a nossa casa caiu? O que aconteceu?". A sra. Nakamura não tinha as respostas para as insistentes perguntas de Myeko, sua filha de cinco anos. Naquela hora da manhã de 6 de agosto de 1945, os sobreviventes de Hiroxima não sabia o que os atingira e apenas começavam a vislumbrar a extensão do desastre. Nakamura acabara de retirar seus filhos pequenos dos escombros e retornara ao interior da casa destruída para encontrar agasalhos. A manhã de verão deveria ser quente, mas fazia um frio inexplicável e a cidade estava coberta por uma névoa úmida e escura. Ninguém ouvira o ruído característico das esquadrilhas de bombardeiros B-29, mas tudo era um monte de ruínas, até onde a nossa vista alcançava. Nas horas seguintes, em meio ao caos, os sobreviventes descobriram que eram as testemunhas da inauguração da era nuclear.
Fonte: O Mundo em Desordem; Demétrio Magnoli e Elaine Senise Barbosa; Páginas 421-422 e 425.
Nagasaki: 50 mil mortos
Hiroxima ardia, consumida pelo fogo e contaminada pela radiação, quando aviões americanos lançaram sobre as cidades japonesas um curto panfleto aterrador. Sua principa passagem dizia:
Possuímos o explosivo mais destruidor já idealizado pela humanidade. Uma única de nossas recém-desenvolvidas bombas atômicas é, na verdade, o equivalente em poder explosivo ao que podem transportar dois mil de nossos gigantescos B-29 numa só missão. Esse fato terrível deve ser ponderado por vocês, e nós asseguramos, solenemente, que ele é cruelmente preciso. Começamos a usar tal arma contra a sua terra natal. Se vocês têm alguma dúvida, investiguem o que aconteceu a Hiroxima quando apenas uma bomba atômica caiu sobre a cidade¹
"Litle Boy" caiu sobre Hiroxima a 6 de agosto de 1945. "Fat Man" caiu sobre Nagasaki três dias depois. No instante das detonações, o clarão da explosão emitiu uma radiação de calor que se deslocou à velocidade da luz. As pessoas que se encontravam em lugares abertos foram extensivamente queimadas: a pele carbonizou-se em tons marrom-escuro ou preto e elas pereceram depois de minutos e ou horas. A radiação térmica se deslocou em linha reta, como a luz, de modo que as áreas queimadas corresponderam à exposição direta a ela. Indivíduos que estavam no interior de edifícios e casas experimentaram queimaduras nas partes expostas através das janelas. Um homem que escrevia diante de uma janela teve as mãos completamente carbonizadas mas, devido ao ângulo de entrada da radiação, seu pescoço e sua face sofreram apenas queimaduras superficiais.
Sob os cogumelos atômicos, morreram no dia dos bombardeios algo em torno de 150 mil pessoas. Quatro meses depois, como efeito da radiação e das queimaduras, o saldo de mortes havia dobrado. O panfleto lançado sobre as cidades japonesas incentivava a população a pedir ao imperador que encerrase a guerra: "Nosso presidente delineou para vocês as 13 consequências de uma rendição honrosa." Os representantes do Japão assinaram, a 2 de setembro, a bordo do USS Missouri, o Instrumento de Rendição. "Nós, por este, proclamamos a rendição incondicional aos Poderes Aliados do Quartel-General imperial japonês e de todas as forças armadas japonesas e das forças armadas sob controle japonês, onde quer que estejam situadas".
Um símbolo de rendição incondicional: eis o primeiro significado de Hiroxima.
NOITE NUCLEAR.
"Por que já é noite? Por que a nossa casa caiu? O que aconteceu?". A sra. Nakamura não tinha as respostas para as insistentes perguntas de Myeko, sua filha de cinco anos. Naquela hora da manhã de 6 de agosto de 1945, os sobreviventes de Hiroxima não sabia o que os atingira e apenas começavam a vislumbrar a extensão do desastre. Nakamura acabara de retirar seus filhos pequenos dos escombros e retornara ao interior da casa destruída para encontrar agasalhos. A manhã de verão deveria ser quente, mas fazia um frio inexplicável e a cidade estava coberta por uma névoa úmida e escura. Ninguém ouvira o ruído característico das esquadrilhas de bombardeiros B-29, mas tudo era um monte de ruínas, até onde a nossa vista alcançava. Nas horas seguintes, em meio ao caos, os sobreviventes descobriram que eram as testemunhas da inauguração da era nuclear.
Fonte: O Mundo em Desordem; Demétrio Magnoli e Elaine Senise Barbosa; Páginas 421-422 e 425.
O Holocausto
Vejam o vídeo abaixo...
Clique aqui e conheça um pouco mais sobre o extermínio dos judeus na II Guerra Mundial.
Leiam abaixo um trecho do livro Ouvintes Alemães, Discursos contra Hitler, do escritor alemão Thomas Mann
"Você que está me ouvindo conhece Maidaneck, perto de Lublin, na Polônia, um campo de extermínio de Hitler? Não era um campo de concentração, mas um gigantesco estabelecimento de assassinato. Lá existe um grande prédio de pedra com uma chaminé de fábrica, o maior crematório do mundo. (...) Mais de meio milhão de europeus, homens, mulheres e crianças foram envenenados com cloro e depois queimados, 1400 por dia. A fábrica da morte funcionava dia e noite; suas chaminés nunca deixavam de soltar fumaça. Já tinham começado a fazer uma ampliação... A instituição suíça de ajuda aos refugiados sabe mais detalhes. Seus delegados viram os campos de Auschuwitz e Birkenau. Viram o que nenhum ser humano com sentimentos pode acreditar se não vir com os próprios olhos: ossos humanos, barris de cal, encanamentos de gás e crematórios; além disso, as pilhas de roupas e sapatos tirados das vítimas, muitos sapatos pequenos, sapatos de criança, se é que vocês, compatriotas alemães, e vocês, mulheres alemãs, querem continuar ouvindo. De 15 de abril de 1942 a 15 de abril de 1944, apenas nesses dois estabelecimentos alemães foram mortos 1.715.000 judeus. De onde tiro os números? Pois seus soldados faziam a contabilidade, com aquele senso de ordem alemão! Foram encontrados os registros das mortes; além disso, milhares de passaportes e documentos pessoais de não menos que 22 nacionalidades europeias. Esses monstros tambem tinham livros com os registros de ossos pulverizados, o adubo produzido nessas fábricas. Pois os restos dos cremados eram moídos e pulverizados, empacotados e enviados à Alemanha para a fertilização do solo alemão."
Fonte: Ouvintes alemães! Discursos contra Hitler (1940 - 1945) Páginas 191 e 192
Clique aqui e conheça um pouco mais sobre o extermínio dos judeus na II Guerra Mundial.
Leiam abaixo um trecho do livro Ouvintes Alemães, Discursos contra Hitler, do escritor alemão Thomas Mann
"Você que está me ouvindo conhece Maidaneck, perto de Lublin, na Polônia, um campo de extermínio de Hitler? Não era um campo de concentração, mas um gigantesco estabelecimento de assassinato. Lá existe um grande prédio de pedra com uma chaminé de fábrica, o maior crematório do mundo. (...) Mais de meio milhão de europeus, homens, mulheres e crianças foram envenenados com cloro e depois queimados, 1400 por dia. A fábrica da morte funcionava dia e noite; suas chaminés nunca deixavam de soltar fumaça. Já tinham começado a fazer uma ampliação... A instituição suíça de ajuda aos refugiados sabe mais detalhes. Seus delegados viram os campos de Auschuwitz e Birkenau. Viram o que nenhum ser humano com sentimentos pode acreditar se não vir com os próprios olhos: ossos humanos, barris de cal, encanamentos de gás e crematórios; além disso, as pilhas de roupas e sapatos tirados das vítimas, muitos sapatos pequenos, sapatos de criança, se é que vocês, compatriotas alemães, e vocês, mulheres alemãs, querem continuar ouvindo. De 15 de abril de 1942 a 15 de abril de 1944, apenas nesses dois estabelecimentos alemães foram mortos 1.715.000 judeus. De onde tiro os números? Pois seus soldados faziam a contabilidade, com aquele senso de ordem alemão! Foram encontrados os registros das mortes; além disso, milhares de passaportes e documentos pessoais de não menos que 22 nacionalidades europeias. Esses monstros tambem tinham livros com os registros de ossos pulverizados, o adubo produzido nessas fábricas. Pois os restos dos cremados eram moídos e pulverizados, empacotados e enviados à Alemanha para a fertilização do solo alemão."
Fonte: Ouvintes alemães! Discursos contra Hitler (1940 - 1945) Páginas 191 e 192
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