Já disse aqui várias vezes que numa democracia todos têm liberdade para defenderem as causas que acharem mais justas. Agora, recorrer a mentira e a desfaçatez para justificar uma causa vai encontrar de minha parte uma oposição dura e contundente.
Ano passado, numa aula sobre a Luta Armada, o diretor da escola onde eu trabalho entrou na sala para assistir a aula no exato momento em que eu fazia uma exposição inequívoca da mentira existente em vários livros didáticos de história de que os grupos terroristas que recorreram às armas contra o Regime Militar NUNCA defenderam a democracia. O diretor, diante de minha exposição contundente arregalou os olhos, mas nada disse. Saiu da sala e nunca me censurou pela exposição. O livro didático dos alunos trazia trechos abomináveis como esse que transcrevo abaixo
"Pessoas que dão a vida pelo ideal de libertação de seu povo não podem ser consideradas criminosas. Mesmo que a gente não concorde com os caminhos trilhados. Eles mataram? Certamente. Mas nunca torturaram. Nem enterraram suas vítimas em cemitérios clandestinos. E se o tivessem feito, nada disso justificaria a tortura e o assassinato executados pelo Estado. Além disso, seria mesmo inadmissível pegar em armas contra um regime antidemocrático que esmagava o povo brasileiro?"
O trecho acima está na página 745 do livro História Crítica, de Mário Schmidt, editora Nova Fronteira, Volume único para o Ensino Médio. Se você não percebeu a pusilanimidade do autor, sua moral homicida, seu cinismo cruel, releia o trecho por favor, período por período.
É MENTIRA que eles não torturaram. É MENTIRA que eles não enterraram suas vítimas em cemitérios clandestinos, vide o caso do tenente Alberto Mendes Junior assassinado por ordens de Carlos Lamarca. (Vejam no post abaixo o número 56), que só teve o corpo encontrado depois que um dos terroristas presos indicou o local onde o corpo foi enterrado. Aliás, esse militar foi torturado sim!
As forças repressivas do Estado mataram, torturaram, disso ninguém duvida nem se questiona. Os verdadeiros democratas repudiam com veemência que as pessoas sob a tutela do Estado, ainda que fossem terroristas, tenham sido torturadas e mortas. No entanto, os verdadeiros democratas repudiam com a mesma força e indignação as mortes promovidas pelos grupos terroristas de esquerda. Nós não fazemos distinção entre os mortos. Nós não fazemos distinção entre os assassinos.
Mais adiante, na página 746, o autor reforça a maior mentira sobre o período e que seduz a cabeça dos meninos e meninas que estão prestes a entrar numa universidade. Vejam o trecho:
"Uma geração que pagou um alto preço por seus sonhos: pagou com o próprio sangue. Por isso, amigo leitor, se hoje eu posso escrever essas linhas, se hoje você pode dizer o que pensa, saiba que entre os responsáveis por nossa liberdade estão aqueles que deram sua vida para que um dia o país não estivesse mais sob o jugo das botas da tirania."
Todos os grupos de esquerda que recorreram as armas contra a ditadura militar no Brasil, repito: TODOS, jamais tiveram o regime democrático como horizonte. Defendiam abertamente a ditadura do proletariado. Eles mesmos admitiam que se inspiravam em regimes totalitários como o cubano e o chinês. Afirmar que esses terroristas sacrificaram-se pelas liberdades e pela democracia é vigarice. Além do mais, a Luta Armada foi um grande fracasso. Os atores políticos que conseguiram minar a ditadura no Brasil não pegaram em armas nem mataram gente inocente, muito menos fizeram "justiçamentos". Essa é a verdade. O resto é mentira!!!
Finalmente, é comum encontrar em livros didáticos de História que a opção das esquerdas pela Luta Armada decorreu em consequência do Ato Institucional número 5, de 13 de dezembro de 1968. Como o post AS VÍTIMAS DA LUTA ARMADA 1 prova, as ações desses grupos antecedem ao AI 5. O livro em questão não poderia deixar de contar mais essa mentira:
" No Brasil não poderia ser diferente [a existência de grupos de guerrilha que praticavam o Terror]: muitos estudantes, velhos militantes de esquerda e intelectuais começaram a organizar grupos guerrilheiros. Para eles, depois do AI-5 não havia mais espaço para a legalidade. Só a luta armada libertaria o Brasil." (pág. 742)
O livro História Crítica é o único exemplo? Infelizmente, não. Talvez seja o mais descarado, mas por isso mesmo mais fácil de ser desmoralizado. Outros, fazem uma defesa mais comedida, embora igualmente imoral, da Luta Armada. Ainda vou tratar deles.
Ano passado, numa aula sobre a Luta Armada, o diretor da escola onde eu trabalho entrou na sala para assistir a aula no exato momento em que eu fazia uma exposição inequívoca da mentira existente em vários livros didáticos de história de que os grupos terroristas que recorreram às armas contra o Regime Militar NUNCA defenderam a democracia. O diretor, diante de minha exposição contundente arregalou os olhos, mas nada disse. Saiu da sala e nunca me censurou pela exposição. O livro didático dos alunos trazia trechos abomináveis como esse que transcrevo abaixo
"Pessoas que dão a vida pelo ideal de libertação de seu povo não podem ser consideradas criminosas. Mesmo que a gente não concorde com os caminhos trilhados. Eles mataram? Certamente. Mas nunca torturaram. Nem enterraram suas vítimas em cemitérios clandestinos. E se o tivessem feito, nada disso justificaria a tortura e o assassinato executados pelo Estado. Além disso, seria mesmo inadmissível pegar em armas contra um regime antidemocrático que esmagava o povo brasileiro?"
O trecho acima está na página 745 do livro História Crítica, de Mário Schmidt, editora Nova Fronteira, Volume único para o Ensino Médio. Se você não percebeu a pusilanimidade do autor, sua moral homicida, seu cinismo cruel, releia o trecho por favor, período por período.
É MENTIRA que eles não torturaram. É MENTIRA que eles não enterraram suas vítimas em cemitérios clandestinos, vide o caso do tenente Alberto Mendes Junior assassinado por ordens de Carlos Lamarca. (Vejam no post abaixo o número 56), que só teve o corpo encontrado depois que um dos terroristas presos indicou o local onde o corpo foi enterrado. Aliás, esse militar foi torturado sim!
As forças repressivas do Estado mataram, torturaram, disso ninguém duvida nem se questiona. Os verdadeiros democratas repudiam com veemência que as pessoas sob a tutela do Estado, ainda que fossem terroristas, tenham sido torturadas e mortas. No entanto, os verdadeiros democratas repudiam com a mesma força e indignação as mortes promovidas pelos grupos terroristas de esquerda. Nós não fazemos distinção entre os mortos. Nós não fazemos distinção entre os assassinos.
Mais adiante, na página 746, o autor reforça a maior mentira sobre o período e que seduz a cabeça dos meninos e meninas que estão prestes a entrar numa universidade. Vejam o trecho:
"Uma geração que pagou um alto preço por seus sonhos: pagou com o próprio sangue. Por isso, amigo leitor, se hoje eu posso escrever essas linhas, se hoje você pode dizer o que pensa, saiba que entre os responsáveis por nossa liberdade estão aqueles que deram sua vida para que um dia o país não estivesse mais sob o jugo das botas da tirania."
Todos os grupos de esquerda que recorreram as armas contra a ditadura militar no Brasil, repito: TODOS, jamais tiveram o regime democrático como horizonte. Defendiam abertamente a ditadura do proletariado. Eles mesmos admitiam que se inspiravam em regimes totalitários como o cubano e o chinês. Afirmar que esses terroristas sacrificaram-se pelas liberdades e pela democracia é vigarice. Além do mais, a Luta Armada foi um grande fracasso. Os atores políticos que conseguiram minar a ditadura no Brasil não pegaram em armas nem mataram gente inocente, muito menos fizeram "justiçamentos". Essa é a verdade. O resto é mentira!!!
Finalmente, é comum encontrar em livros didáticos de História que a opção das esquerdas pela Luta Armada decorreu em consequência do Ato Institucional número 5, de 13 de dezembro de 1968. Como o post AS VÍTIMAS DA LUTA ARMADA 1 prova, as ações desses grupos antecedem ao AI 5. O livro em questão não poderia deixar de contar mais essa mentira:
" No Brasil não poderia ser diferente [a existência de grupos de guerrilha que praticavam o Terror]: muitos estudantes, velhos militantes de esquerda e intelectuais começaram a organizar grupos guerrilheiros. Para eles, depois do AI-5 não havia mais espaço para a legalidade. Só a luta armada libertaria o Brasil." (pág. 742)
O livro História Crítica é o único exemplo? Infelizmente, não. Talvez seja o mais descarado, mas por isso mesmo mais fácil de ser desmoralizado. Outros, fazem uma defesa mais comedida, embora igualmente imoral, da Luta Armada. Ainda vou tratar deles.
2 comentários:
Como sempre, esses radicais imundos no melhor estilo marxista de ser. É tiro e queda, dá pra ver facilmente a quilômetros essa mentalidade infeliz.
Complementando o comentário anterior, professor, deixo aqui um trexo de Olavo de Carvalho.
"A mente revolucionária não é um fenômeno essencialmente político, mas espiritual e psicológico, se bem que seu campo de expressão mais visível e seu instrumento fundamental seja a ação política...
'Mentalidade revolucionária' é o estado de espírito, permanente ou transitório, no qual um indivíduo ou grupo se crê habilitado a remoldar o conjunto da sociedade – senão a natureza humana em geral – por meio da ação política; e acredita que, como agente ou portador de um futuro melhor, está acima de todo julgamento pela humanidade presente ou passada, só tendo satisfações a prestar ao “tribunal da História”. Mas o tribunal da História é, por definição, a própria sociedade futura que esse indivíduo ou grupo diz representar no presente; e, como essa sociedade não pode testemunhar ou julgar senão através desse seu mesmo representante, é claro que este se torna assim não apenas o único juiz soberano de seus próprios atos, mas o juiz de toda a humanidade, passada, presente ou futura. Habilitado a acusar e condenar todas as leis, instituições, crenças, valores, costumes, ações e obras de todas as épocas sem poder ser por sua vez julgado por nenhuma delas, ele está tão acima da humanidade histórica que não é inexato chamá-lo de Super-Homem."
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