Reproduzo, abaixo, uma matéria do Estadão que esclarece as principais dúvidas que os alunos que estão concluindo o ensino médio ainda têm sobre o exame em virtude do cancelamento.
Professores recomendam estudar; tire suas dúvidas sobre Enem
SÃO PAULO - Apesar do atraso da prova do Enem, devido à divulgação da prova na quarta-feira, 30, as universidades tentarão aproveitar a nota do exame em seus vestibulares, e o contepudo cobrado na prova é o mesmo dos exames de seleção das grandes universidade. Portanto, a recomendação de professores de cursinho é que o aluno continue estudando.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, aconselhou "usar o tempo para continuar se preparando para os vestibulares, para o próprio Enem, da mesma forma que fariam em qualquer outra circunstância. Vamos ter mais umas seis semanas pela frente. É frequentar aula, atualizar-se nos jornais, continuar aplicado na leitura, manter o ritmo de trabalho e esperar a remarcação das provas".
Abaixo, veja as principais respostas, até agora, sobre a crise criada pelo vazamento do Enem:
Quando será realizada a prova do Enem?
O Ministério da Educação não fixou uma data oficial, que deve sair nos próximos dias, mas o ministro da Educação, Fernando Haddad, mencionou um possível intervalo de 45 dias.
Quando devem sair as notas?
Em razão do adiamento, o resultado final das provas, inicialmente previsto para o dia 8 de janeiro, deve atrasar em cerca de um mês, diz o governo. Universidades que usam a nota do Enem para contar pontos em seus vestibulares podem ter acesso antecipado a alguns resultados, no entanto.
Por que o Enem ganhou tanta importância este ano?
Neste ano a prova passou por uma reformulação, mudou de formato - passando de 63 questões para 180, realizadas em dois dias - e será adotado como parte do vestibular para 42 das 55 universidades federais de todo o País.
O que fazer agora que a prova foi adiada? Estudar ou aproveitar para descansar?
Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora dos Cursos Objetivo, conta que o melhor agora é esquecer o problema da prova e continuar a estudar com dedicação total. " Não dá pra relaxar. Como a programação do Enem bate com os grandes vestibulares, basta continuar dentro do programa de estudo para provas como Fuvest e Unicamp", diz.
O que estudar agora nesse tempo extra?
Luis Ricardo Arruda, coordenador da Unidade Tamandaré do Anglo, dá a dica: "O mais importante de cada tema, pois esse é o foco da prova do Enem. Não prestar muita atenção nas notas de rodapé." O coordenador lembra ainda que o aluno que não souber o que estudar deve procurar o professor de cada área e pedir orientação de estudo.
Já se sabe se a prova que vazou servirá como simulado? Caso sim, quando pretendem divulgá-la?
Sim. A prova foi disponibilizada pelo governo na noite desta quinta-feira, e pode ser acessada aqui .
Ainda há como mudar o município onde realizarei a prova?
O Inep informa que não haverá prorrogação no prazo para mudança de local de prova. A data limite era essa quinta-feira, 1º, até às 12 horas.
O Enem vai coincidir com os vestibulares da Unesp (08/11), Unicamp (15/11) e Fuvest (22/11)?
A estimativa de 45 dias leva o Enem para por volta de 17 de novembro, perigosamente perto das provas dos grandes vestibulares paulistas. O coordenador geral do Etapa, Edmilson Motta, considera que uma coincidência do Enem com uma dessas provas seria "criminoso". "Seria uma insanidade completa, o fim do mundo pedir para o aluno escolher entre a Fuvest e o Enem", disse.
Já Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora dos Cursos Objetivo, acredita que não haverá problema, mesmo com a previsão de realização do Enem em 45 dias. "Eles já têm a prova pronta, o problema agora é de logística e segurança. Acredito que antes dessa previsão de 45 dias a prova seja realizada. Se coincidir com alguma universidade, ela muda. É claro que o aluno vai querer fazer o Enem e nenhuma faculdade vai querer perder aluno", afirmou.
As universidades pretendem alterar as datas de seus vestibulares?
Cada universidade decidirá independentemente como contornará o atraso provocado pelo Enem. É importante ficar de olho nas universidades em que está inscrito (ou em que pretende se inscrever) pois as datas poderão ser alteradas.
E como fica a situação das federais e estaduais paulistas?
A Fuvest, responsável pelo vestibular da Universidade de São Paulo (USP), pretende avaliar se o resultado da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será considerada e usada em seu processo seletivo. A reitoria da USP informou que, por causa do adiamento do Enem, a pró-reitoria de graduação e a Fuvest vão entrar em contato com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para verificar a possibilidade de compatibilizar os calendários e avaliar se a nota do Enem "será viável no Vestibular Fuvest 2010". Segundo a USP, os candidatos vão ser informados antecipadamente caso ocorra alguma alteração.
Já a Fundação Vunesp, que organiza o vestibular da Unesp informou, por meio de nota, que vai aguardar pela definição da nova data da prova do Enem para se manifestar sobre possíveis mudanças no calendário do vestibular deste ano. Segundo a Vunesp, os candidatos a vagas nos cursos oferecidos pela Unesp serão informados com antecedência caso ocorra alguma alteração.
Também por meio de nota à imprensa, a Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), responsável pelo vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), informou que vai esperar pelo anúncio das novas datas de provas e da disponibilização das notas do Enem. Na Unicamp, a nota do Enem tem peso de 20% na primeira fase do processo seletivo.
Já a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) informou que vai manter o calendário previsto para o vestibular e que o adiamento do Enem não vai afetar o processo seletivo em nenhum dos dois modelos aplicados pela instituição: o unificado (que é o vestibular em fase única com a nota do Enem, e que é aplicado em 19 cursos ministrados na instituição) e no misto (que computa a nota do Enem, mais o resultado de uma prova e mais uma segunda fase de seleção e que é aplicado em sete cursos). Segundo a Unifesp, as provas da segunda fase serão realizadas nos dias 17 e 18 de dezembro deste ano e vão contar com questões de língua portuguesa, língua estrangeira, redação e conhecimentos específicos.
Na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a assessoria de imprensa informou que, em princípio, não haverá alteração na programação do processo seletivo. A nota do Enem vale 50% da nota final do vestibular da instituição. Os outros 50% correspondem às provas que são aplicadas pela UFSCar.
A Universidade Federal do ABC decidiu que não haverá alterações em seu calendário.
Os pontos do Enem ainda vão ser aproveitados para compor a nota de outros vestibulares?
Cada universidade terá de decidir como pretende proceder. Além da questão da segurança da prova há o problema dos prazos - a nova data de divulgação dos resultados do Enem poderá conflitar com o calendário de liberação de listas de aprovados das escolas.
O meu desempenho pode ser afetado por essa mudança?
Além da possibilidade do Enem ser realizado em datas próximas a vestibulares importantes, adiar o exame além dos 45 dias previstos também poderá ser um problema para o vestibulando.
É no final do ano que se concentram a maior parte dos vestibulares, o que acaba sobrecarregando o aluno. "Fazer o Enem no meio de várias outras provas é exaustivo, desumano. Cai a produtividade e, consequentemente, o resultado do aluno", conta Arruda.
"O ideal seria mesmo que o Enem já acontecesse agora em outubro, antes dos outros vestibulares, até porque o aluno teria uma experiência de um grande vestibular", disse Motta.
4 comentários:
Zé Paulo,
Fiquei com uma dúvida: Qual era a situação do Japão na guerra quando lançou o ataque contra Pearl Harbor? Sei que tinha pretensões expasionistas no sudeste asiático e já tinha tomado algumas áreas, mas já estava na guerra ou apenas era aliado da Alemanha?
Ahh e esqueci de perguntar: O único benefício que a Alemanha conseguia ao assinar o pacto de não-agressão Germano-Soviético era não lutar em duas frentes?
Olá, Ananda.
Acabei de chegar de viagem, por isso dê um desconto se os esclarecimentos não ficarem tão claros assim.
O ataque a Pearl Habor foi em dezembro de 1941 e foi uma ofensiva japonesa contra medidas que o governo dos Estados Unidos tomou para enfraquecer o Japão, como o cancelamento de exportações, inclusive de petróleo para os países que compunham o Eixo. O Japão deu, portanto, uma resposta bélica a essa atuação diplomática dos americanos.
Não esqueça que esse ataque fez o governo dos Estados Unidos entrar pra valer no conflito, mudando o desfecho da guerra.
Outro benefício que a Alemanha obteve como Pacto de não-agressão foi a metade ocidental da Polônia que passou a compor o III Reich, isto é, o império alemão.
Espero que tenha sido útil!
Um abraço.
Fou útil sim, a última pergunta até caiu na prova hehehe
Obrigada!
Um abraço.
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