quarta-feira, 18 de março de 2009

A Grande Depressão

Semana que passou conversamos sobre a Crise de 29, suas causas e efeitos. Na próxima quarta, dia 25 de março, haverá um aulão, onde outras disciplinas virão enriquecer o nosso conhecimento sobre o assunto.

Deixei na mecanografia da escola, uma matéria (capa) de Veja desta semana que considero relevante para um melhor aproveitamento do aulão. Não deixem de ler a matéria, reitero.

Clicando aqui você tem acesso a uma outra reportagem de Veja, desta feita de setembro do ano passado, que porcura explicar as causas da crise financeira atual e demonstrar a falácia de que a crise atual prenuncia o fim do capitalismo, ou melhor: do neoliberalismo, termo genérico e amorfo que soa para muita gente como um palavrão ou uma praga. Aqui, você entenderá que os paralelos quem vêm sendo feitos entre esta crise e à de 29 são um tanto exagerados. Leia!

Abaixo, um trecho do livro A Era dos Extremos, do historiador Eric Hobsbawm. O trecho destacado está nas páginas 90 e 91 do livro. Segundo esse historiador, a Crise de 29 teve um impacto decisivo na história do século XX. Como? Leia e descubra você mesmo.

"Suponhamos que a Primeira Guerra Mundial tivesse sido apenas uma perturbação temporária, apesar de catastrófica, numa economia e civilização fora isso estáveis. A economia teria então voltado a alguma coisa parecida ao normal após afastar os detritos da guerra e daí seguido em frente. (...) Como teria sido o mundo entreguerras nessas circunstâncias? Não sabemos, e não há sentido em especular sobre o que não aconteceu, e quase certamente não poderia ter acontecido. Mas a pergunta não é inútil, porque nos ajuda a captar o profundo efeito na história do século XX do colapso econômico entre as guerras.



Sem ele, com certeza não teria havido Hitler. Quase certamente não teria havido Roosevelt. É muito improvável que o sistema soviético tivesse sido encarado como um sério rival econômico e uma alternativa possível ao capitalismo mundial. As conseqüências da crise econômica no mundo não europeu ou não ocidental (...) foram patentemente impressionantes. Em suma, o mundo da segunda metade do século XX é incompreensível se não entendermos o impacto do colapso econômico."


A Era do Extremos, Eric Hobsbawm, pág. 90 e 91.


2 comentários:

pp1993 disse...

Zé Paulo, obrigada pelas tuas palavras, gostei bastante.
Tenho visitado bastante o teu blog, apesar de não deixar comentários.. meu tempo anda um pouco restrito nos últimos dias.
E tu, como estás? Tenho sentido tua falta lá no colégio... Não pretende aparecer para nos fazer uma visitinha? hahaha
Um grande beijo, cheio de saudades!
Da tua (ex)aluna,
Priscila Petrarca

Cecilia 301 disse...

Essas reportagens da VEJA são de setembro de 2008 e deixam claro que a crise financeira atual terá solução devido à rápida atitude dos governos norte-americanos e europeus, além de ter o germe de sua solução nela memas. Minha pergunta é: estamos em 2009, no mês de abril, 7 meses após a publicação e o índice de desemprego nos EUA já ultrapassaram 10% e muitos outros bancos, como o Citibank recentemente, vieram a falir. Cadê a solução? Ta certo que apenas o setor de crédito e imobiliário foi afetado, mas me parece estar aumentando, não? Enfim, é muito exagerado comparar a crise de 1929 com a atual, com certeza.