Acadêmicos alemães pedem liberação do livro de Hitler Por Silvia Bittencourt, na Folha: Mais de 80 anos depois de ter sido escrito, o livro "Mein Kampf" ("Minha Luta"), do ditador nazista Adolf Hitler, volta a ocupar as páginas dos jornais alemães. Historiadores vêm reivindicando a liberação do livro, aqui proibido, com o objetivo de fazer e divulgar uma edição crítica do texto. O livro, no qual Hitler expõe suas idéias anti-semitas, racistas e expansionistas, está proibido na Alemanha até 2015, quando serão completados 70 anos da morte do ditador (1889-1945). A partir dessa data, sua publicação está liberada. Historiadores temem que, liberado, o livro caia nas mãos de neonazistas e se torne uma espécie de panfleto para organizações radicais de direita. Uma edição crítica, afirmam, chegaria antes aos leitores alemães. A Baviera -Estado no sul do país onde Hitler viveu antes de subir ao poder- detém os direitos autorais. Ela proíbe a publicação integral do livro para impedir a propagação de idéias nazistas e a exploração comercial do texto do ditador. Na opinião de várias autoridades alemãs, liberar "Mein Kampf" também seria um desrespeito aos milhões de vítimas do regime nazista. Mas os historiadores alegam que outros textos de Hitler, como documentos, cartas e discursos, já foram publicados em edições comentadas, sem obstáculos. Além disso, qualquer internauta consegue achar a versão online de "Mein Kampf" na íntegra. Também não é difícil, aqui, adquirir o livro em antiquários, mesmo que isso aconteça por trás do balcão. "Este livro está envolto por uma aura, que precisa ser quebrada", afirmou Stephan Kramer, secretário-geral do Conselho Central dos Judeus na Alemanha. O escritor alemão Rafael Seligmann, que é judeu, também defende a liberação. "Nossa democracia é forte suficiente para não ter uma recaída. Liberar "Mein Kampf" é um sinal de maturidade política." Assinante lê mais aqui |
Por Reinaldo Azevedo | 05:01 |
"O objeto próprio da história consiste, antes de tudo, no conhecimento dos relatos verdadeiros, no seu teor real, e em seguida na indagação por quais razões fracassou ou triunfou aquilo que foi dito ou aquilo que foi feito(...) se negligenciarmos os discursos verdadeiros e os que lhe deu origem, substituindo-os por argumentações falaciosas e por extensões retóricas, nada mais fazemos que suprimir o objeto da história." Políbio, História.(século II a C)
domingo, 22 de junho de 2008
Mein Kampf, de volta?
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