A escritora norte-americana Bárbara Tuchman em seu livro clássico A marcha da insensatez, define essa marcha como a adoção de uma política contrária aos próprios interesses. A mesma autora estabelece 3 critérios simultâneos que definem essa marcha para a desgraça e são capazes de caracterizar um governo que adota uma política contrária aos próprios interesses. Os critérios são:
Uma vez respeitados esses critérios, diz a historiadora, pode-se caracterizar a marcha da insensatez.
Como já foi dito no post anterior, a vitória helênica sobre os exércitos de Dario e Xerxes, que impediu a anexação da Grécia Continental ao império persa, foi a chance de ouro para as cidades gregas buscarem, se não uma centralização política, ao menos uma união confederada. Todavia, mesmo diante da certeza de que unidas eram muito mais fortes, as poléis optaram pela política de sempre: o ciúme e a inveja umas das outras. Afastado o perigo persa, ou por outra, a sensação de que não estavam mais em perigo, as mesmas rivalidades históricas voltaram a ser a tônica nas relações entre as cidades-Estados gregas. Imaginando estarem a salvo dos persas, acreditaram que poderiam manter a mesma postura hostil uma para com as outras sem consequências desastrosas.
Nessa marcha da insensatez, não há mocinhos. Atenas e Esparta, pela liderança que desempenharam, claro, tiveram mais responsabilidades. Contudo, todas as cidades-Estados gregas, em maior ou menor grau, contribuíram para os sucessos funestos da civilização helênica durante, mas principalmente, após à Guerra do Peloponeso.
Continua na próxima semana.
Nessa marcha da insensatez, não há mocinhos. Atenas e Esparta, pela liderança que desempenharam, claro, tiveram mais responsabilidades. Contudo, todas as cidades-Estados gregas, em maior ou menor grau, contribuíram para os sucessos funestos da civilização helênica durante, mas principalmente, após à Guerra do Peloponeso.
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Um comentário:
Aprendi muito
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